Exposição reúne em Nova York as melhores imagens do rock


Michael Putland (British, born 1947). Mick Jagger, Philadelphia, 1982 (printed 1990s). Gelatin silver print. Collection of Michael Putland


A obra dos melhores fotógrafos das estrelas do rock foi reunida a partir desta sexta-feira (30) em Nova York, onde o museu do Brooklyn dedica uma exposição a imagens clássicas de bandas como Beatles, Rolling Stones e U2.


Com 175 fotografias de 105 profissionais, "Who Shot Rock and Roll" oferece até o dia 31 de janeiro a oportunidade de desfrutar de alguns dos retratos mais impactantes da história da música, registrados por gênios das lentes como Diane Arbus e Annie Leibovitz.

"É a melhor seleção de fotografias do rock já exposta em um museu americano", disse à Agência Efe Gail Buckland, historiadora especializada em fotografia e curadora da exposição, cujo principal objetivo é "homenagear os artistas que tornaram essas imagens possíveis".

O museu do Brooklyn exibe em suas paredes fotos famosas, como a de John Lennon e Yoko Ono na cama, assim como imagens nunca expostas antes da plena efervescência dos Rolling Stones ou da energia de Tina Turner e Madonna no palco.

"Sabemos que normalmente interessa mais quem sai na fotografia do que quem a tirou, mas nossa filosofia com esta exposição é mostrar imagens magníficas que mostram a casualidade de algumas das pessoas mais fascinantes do mundo da música", explica a curadora.

Assim, também há imagens cotidianas e muitas vezes espontâneas de nomes como Elvis Presley, David Bowie, The Doors, Bruce Springsteen, Jimi Hendrix e James Brown, registradas por Barry Feinstein --o fotógrafo do Festival de Woodstock--, Richard Avedon e Linda McCartney, entre muitos outros.

"O rock foi uma revolução, mas qualquer revolução, seja militar ou social, tem que ser fotografada para que as pessoas acreditem", afirma Buckland. Para a curadora, "no rock, a imagem, a linguagem corporal, a moda, são muito importantes", algo que fica claro nesta mostra.

Segundo Buckland, algumas das imagens mais importantes são as impressas diretamente dos negativos cedidos pelo fotógrafo americano Bob Gruen da sessão na qual retratou John Lennon no alto de um terraço de Nova York com uma camisa que diz "New York City".

"Esta é talvez uma das fotografias mais famosas já feitas. Além de famosa, é talvez a mais roubada, porque está em toda parte", diz Buckland, ao explicar que a camisa usada pelo ex-Beatle tinha sido um presente do fotógrafo.

Segundo a historiadora, Gruen queria dar "uma imagem muito nova-iorquina à fotografia e lembrou que havia presenteado Lennon com essa camisa. Por isso, o fez voltar em casa para buscá-la antes de começar a sessão".

"Foi muito difícil conseguir todas estas fotos. A maioria destes fotógrafos nunca mostrou suas imagens em um museu e, além disso, faz pouco tempo que essas imagens são valiosas. Por causa disso, muitos destes artistas tinham perdido as primeiras que revelaram", conta a curadora.

A exposição mostra um retrato de James Brown feito pelo ator Dennis Hopper, assim como a sessão que Anton Corbijn fez com o U2 para a capa do álbum "The Joshua Tree" ou as provocativas imagens que David LaChappelle fez do rapper Eminem.

Também são exibidos videoclipes de artistas como Bjork e David Bowie que foram dirigidos por fotógrafos.

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