O Diabo na Carne de Keith Richards
Um sujeito endemoniado, de virtuose quase mágica, talvez até imortal. De que outra forma se poderia explicar sua sobrevivência aos excessos da vida na estrada, shows e hotéis? São incontáveis as histórias das vezes em que "perdeu a cabeça" - essa é a expressão que ele gosta de usar -, o que só enriquece o folclore em torno do guitarrista dos Rolling Stones. A sua jornada é uma que "não se consegue colocar em palavras", como sugere a recente campanha da Louis Vuitton, que tem Keith como protagonista. Uma jornada que o levou ao "fim do mundo" da série Piratas do Caribe, na qual interpreta o pai de Johnny Depp/Jack Sparrow. Mas, para contar a história de forma absolutamente verdadeira, só há uma maneira: dê uma guitarra na mão dele que ele irá tirar o som que o transformou em lenda.
Você é um ícone do rock'n'roll.
Ícone com "c" ou com "k", como uma daquelas pequenas pinturas russas com um santo? Porque santo certamente não sou, você sabe bem.
Com "c", como uma pessoa de talento e estilo lendários. Você tem um ícone, alguém que tenha representado para você uma importante fonte de inspiração artística?
A resposta pura e simples é não... e sim. Sou uma mistura de muitas influências, um prato com diversos ingredientes. Eu poderia citar Bach. Poderia citar Beethoven. Poderia citar Chuck Berry.
Há alguma coisa que junte todos? Afinal, Chuck Berry escreveu "Roll Over Beethoven".
Eram sujeitos que sabiam compor música, tocar e cantar. Uau. Para mim isso era a coisa mais extraordinária. Chuck Berry é o rock'n'roll. Eu ficava impressionado com as músicas que ele escrevia. Posso dizer que deve ser o melhor conjunto da obra que me vem à cabeça. E Chuck não é só o rock'n'roll, ele é o jazz, o blues e todo o resto. Quando escuto "School Days", "Too Much Monkey Business", "Little Queenie", "Johnny B. Goode", simplesmente começo a viajar. Mas teve mais gente muito boa, Buddy Holly foi um deles, Muddy Waters, Robert Johnson... Elvis Presley era um rock and roller fantástico, não tenho nem o que dizer. Tudo ficava mais interessante quando se escrevia sobre a própria experiência, falando deles mesmos. Sabe, pra mim era essa a ideia do pacote completo, que triunfava simplesmente com uma grande interpretação.
Você lê esta matéria na íntegra na edição 37, outubro/2009 da revista Rolling Stones
Você é um ícone do rock'n'roll.
Ícone com "c" ou com "k", como uma daquelas pequenas pinturas russas com um santo? Porque santo certamente não sou, você sabe bem.
Com "c", como uma pessoa de talento e estilo lendários. Você tem um ícone, alguém que tenha representado para você uma importante fonte de inspiração artística?
A resposta pura e simples é não... e sim. Sou uma mistura de muitas influências, um prato com diversos ingredientes. Eu poderia citar Bach. Poderia citar Beethoven. Poderia citar Chuck Berry.
Há alguma coisa que junte todos? Afinal, Chuck Berry escreveu "Roll Over Beethoven".
Eram sujeitos que sabiam compor música, tocar e cantar. Uau. Para mim isso era a coisa mais extraordinária. Chuck Berry é o rock'n'roll. Eu ficava impressionado com as músicas que ele escrevia. Posso dizer que deve ser o melhor conjunto da obra que me vem à cabeça. E Chuck não é só o rock'n'roll, ele é o jazz, o blues e todo o resto. Quando escuto "School Days", "Too Much Monkey Business", "Little Queenie", "Johnny B. Goode", simplesmente começo a viajar. Mas teve mais gente muito boa, Buddy Holly foi um deles, Muddy Waters, Robert Johnson... Elvis Presley era um rock and roller fantástico, não tenho nem o que dizer. Tudo ficava mais interessante quando se escrevia sobre a própria experiência, falando deles mesmos. Sabe, pra mim era essa a ideia do pacote completo, que triunfava simplesmente com uma grande interpretação.
Você lê esta matéria na íntegra na edição 37, outubro/2009 da revista Rolling Stones
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