Foo Fighters, Joan Jett e uma noite de Rock`n`Roll.
por: Fabiana Queiroz E Souza
Sempre tive uma queda por esses festivais de rock que começam quando o sol ainda está no céu. Não sei bem porque, mas me faz pensar nos festivais que aconteciam na Europa (quando por aqui eles ainda eram raros) e toda a vibe positiva que a luz do dia trás.
Pois bem, a versão nacional do Lollapalooza
veio carregada dessa vibe positiva. O primeiro dia do Festival foi premiado com
um céu absolutamente azul e uma noite de lua cheia e céu limpo inacreditável (o
que, para os padrões paulistanos, é coisa rara).
Apesar das filas intermináveis para comprar
cerveja, o lugar escolhido é muito bonito e a moçada presente formava uma
juventude de cara boa e dinheiro no bolso (levando-se em conta o preço salgado
do ingresso, mesmo em se considerando a meio entrada).
TV on
the Radio
fez um show muito bom e energético, ainda sob a luz do sol, no palco principal.
Palmas para o vocalista, que fez bonito perante uma platéia que estava
visivelmente esperando para ver o show do Foo
Fighters.
Eu particularmente estava lá, em grande
parte, para ver o show da Joan Jett,
na minha opinião a maior roqueira que o rock and roll já teve.
E ela não decepcionou.
Ao cair da noite, no palco Butantã, entra a
roqueira, de collant de lamê vermelho, muito lápis no olho, forma física de
garota e olhar levado de quem só quer se divertir e arregaça um de seus hits : “I don´t give a damn about my bad reputation”
seguida por um clássico do The Runnaways, grupo da qual foi líder : “Cherry bomb”.
As garotas iam ao delírio. Eu ia ao delírio.
Pura energia e descompromisso – afinal, do
que mesmo o rock and roll é feito?
Quando o show dela terminou, ficou bem claro
que 99% das pessoas que ali estavam queriam ver os donos da noite, pois toda a
área do festival ficou vazia (à exceção do mar de copos de plástico vazios no
chão) e, em compensação, a área em frente ao Palco Principal ficou
absolutamente lotada.
Dave Grohl e seus amigos não deixaram por
menos.
O show foi impecável e o líder da banda
deixa claro que tem a platéia nas mãos, urrando, gritando, excitando e
incentivando seus seguidores..
Ao mesmo tempo, ele se entrega de forma
muito espontânea ao que faz, e dá a nítida impressão que aquilo não é show
business, aquilo não é pelo dinheiro e sim por amor ao rock and roll.
Foram, 2 horas e meia de pura pancada e
claro, meus tímpanos nunca mais serão os mesmos (como ele mesmo prometeu).
Ouvir Monkey
Wrench ao vivo vale mais do que a pena, e será inesquecível!
Ao final, ainda brindou-nos com uma jam
session com Joan Jett, que subiu ao palco e cantou duas músicas com a banda.
E ali ficou claro : Dave Grohl também é fã dela!
Se a noite teve no Foo Fighters o seu dono, certamente a rainha foi Joan Jett.
No final, fiquei com um pensamento na
cabeça, enquanto comia o meu insubstituível dogão de final de show : Mulheres,
esqueçam seus botox. Homens, esqueçam seus Viagras : Só o rock salva!
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